[Resenha] The Enfield Haunting – 2015

Olá, Freaks!!! Tudo bem com vocês? Comigo tudo ótimo!

Hoje eu trago mais uma minissérie britânica, com apenas 3 episódios e disponibilizada pelo canal Sky Living e distribuída nos EUA e Canadá (e espero que em breve para o Brasil) pelo canal pago A&E. Um detalhe interessante: a série é dirigida por Kristoffer Nyholm, responsável pela série Forbrydelsen, traduzida como The Killing, que ganhou um remake americano que vocês já devem ter ouvido falar.

A série narra os acontecimentos “reais” acontecidos com a família Hodgson, em Enfield, Inglaterra. Eu uso aspas pois esse caso é muito controverso e interessante: Enquanto os investigadores paranormais envolvidos no caso (retratados na minissérie) acreditavam na autenticidade do caso, outros investigadores afirmavam se tratar de pegadinhas feitas pelas crianças, a fim de chamar atenção. Mas vamos rebobinar e contar essa história direito.

O ano é 1977 e os Hodgson entram em contato com a polícia após ouvirem barulhos de batidas nas paredes e móveis arrastando. Um policial que visita a casa realmente vê uma cadeira se movendo (mesmo sem saber determinar se ela se moveu sozinha ou não) e não demora para que os jornais transformem os integrantes da família em celebridades. Peggy Hodgson (Rosie Cavaliero, de Jane Eyre) é mãe solteira de 4 crianças, Margaret (Fearn Deacon, de Penny Dreadful), Janet (Eleanor Worthington-Cox, de Malévola), Johnny (Joey Price, em seu primeiro papel de destaque) e Billy (Eliot Kerley, da série O Segredo de Crickley Hall), com idades de 13 a 7 anos, e muitas pessoas afirmavam que essa era uma forma de ganhar dinheiro e fama. Peggy afirmava que além das alegações anteriores, pedras eram jogadas em sua casa, vozes malignas eram ouvidas e a tal entidade parecia se concentrar em suas duas filhas, especialmente Janet, fazendo-as levitar e machucando-as.

É então que entram em cena dois pesquisadores da Sociedade de Pesquisa Psíquica do Reino Unido, Maurice Grosse (Timothy Spall, o saudoso Rabicho da franquia Harry Potter) e Guy Lyon Playfair (Matthew Macfadyen, de Orgulho e Preconceito), para acompanhar a rotina da família e investigar a veracidade das alegações. Ao mesmo tempo em que começam a acreditar na existência de um poltergeist eles acabam flagrando as crianças forjando evidências (batendo nas paredes, jogando bolinhas, desligando as câmeras). Apesar de todos esses detalhes contrários os dois homens acreditavam sim na existência de algo paranormal, somado à tentativa da família de chamar atenção. Isso acabou transformando-os em chacota dos jornais, por terem sido enganados por duas meninas.

Enfim, esta é a base da história. A trama da série vai bem além de tudo isso, e se você já está com o uTorrent aberto baixando os episódios na expectativa de se assustar, desculpa acabar com seus sonhos: Quase não tem sustos em The Enfield Haunting. Claro que tem um TAN aqui e outro lá, mas a série é bem mais psicológica, mais dramática, do que puro terror e coisas pulando na sua tela. Enquanto os personagens interagem vamos descobrindo mais sobre eles e suas aflições: Peggy Hodgson, lutando para criar sozinha seus 4 filhos; Maurice Grosse, atormentado com o falecimento de sua filha, buscando formas de contactá-la e sofrendo problemas conjugais com sua esposa Betty (Juliet Stevenson, de O Sorriso de Monalisa); Guy Playfair, que parece estar se aproveitando dos acontecimentos para escrever seu próximo best-seller; Betty Grosse que se sente ameaçada pela família Hodgson e pelo afeto que seu marido criou por eles; e por fim Janet Hodgson, uma criança tímida, carente e muito inteligente, que tenta de todas as formas chamar a atenção para si, mesmo que seja através de um suposto poltergeist.

A todo o momento duvidamos da veracidade da existência do fantasma, exatamente como foi na época. Porém a série pende mais pro lado sobrenatural, e no último episódio acontece aquela reviravolta que é de praxe, com a resolução do problema da família. Não curti muito essa reviravolta, achei que ficou com uma cara meio Disney… mas ok, a série é muito bem escrita e não deixou nada a desejar. Inclusive o roteiro é escrito por Joshua St. Johnston (da série Material Girl) com a consultoria do próprio Guy Lyon Playfair, baseado no livro que ele escreveu sobre os acontecimentos de Enfield: “This House is Haunted: The True Story of a Poltergeist”.

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O legal desse caso é que dá pra achar bastante coisa na internet sobre ele. Tem documentários, filmagens, áudios e fotografias reais do período em que Maurice e Guy passaram com a família. E se já não fosse o suficiente, o próximo filme da franquia Invocação do Mal contará essa história. Os Warren não se envolveram diretamente com o caso, já que ele estava sobre supervisão da Sociedade de Pesquisa Psíquica do Reino Unido, mas visitaram a família e deram seu parecer, assim como muitos outros estudiosos do paranormal. Tô ansiosa pra ver qual vai ser a abordagem mostrada pelo filme, que estréia em junho desse ano!

E vocês? Acham que havia mesmo um poltergeist ou que tudo não se passou de uma pegadinha feita pelas irmãs? Assistam a minissérie, deem uma pesquisada e voltem aqui nos comentários pra me contar!

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