Um dos maiores temores dos norte-americanos é um ataque terrorista em solo americano com arma nuclear, o que resultaria em milhares de mortes e contaminação por décadas do local do atentado. Por conta disso, bilhões de dólares são gastos anualmente com segurança e há um sem fim de medidas para impedir o contrabando para o país de algum dispositivo termonuclear. Mas e se esse dispositivo já estivesse dentro dos Estados Unidos?!
Em 24 de janeiro de 1961, devido a um problema estrutural, um bombardeiro B-52 perdeu no ar uma das asas. A tripulação conseguiu ejetar as duas bombas nucleares MK39 de 3,8 megatons (a bomba lançada em Hiroshima tinha “apenas” 0,01 megatons) que eram levadas na aeronave. O paraquedas de uma das bombas abriu como previsto e ela pousou em segurança, sendo depois recuperada pela Força Aérea dos Estados Unidos.
O paraquedas da outra bomba, no entanto, falhou e a mesma mergulhou fundo no terreno pantanoso onde caiu. Por dias, equipes de salvamento da Força Aérea tentaram em vão recuperar a bomba, mas a infiltração constante e a falta de firmeza do solo forçaram o fim dos trabalhos sem que o núcleo de plutônio fosse recuperado… e ele continua lá até hoje. Desde então, o local é uma área militar restrita e escavações por parte de civis são terminantemente proibidas.
Há temores de que com o tempo essa bomba possa explodir devido à falha do único mecanismo de segurança que a impediu de detonar na queda. Segundo estimativas bastante conservadoras, se essa bomba explodisse hoje mataria imediatamente em torno de 60 mil pessoas e feriria igual número… e nesse cálculo macabro não estão incluídas as mortes decorrentes da precipitação radioativa resultante.
Mas esse não é o único caso de bomba nuclear perdida. Só nos Estados Unidos houve 32 acidentes envolvendo armas nucleares de 1950 a 1980. As estimativas são de que existam, só em território americano, pelo menos meia dúzia de bombas nucleares perdidas. Sabe-se lá quantas em todo mundo, considerando que os ex-soviéticos não eram muito zelosos com a segurança do seu arsenal nuclear. E se alguma dessas bombas nucleares forem um dia recuperadas por terroristas ou explodirem sozinhas devido à falha de equipamento resultante do seu envelhecimento?!
Investigador Charles Dias especialmente para o Mundo Freak.