Olar, Freaks! Tudo bem com vocês?
A trilogia (por enquanto) Insidious, que veio para o Brasil como Sobrenatural (o que não faz muito sentido, já que Insidious significa algo como malévolo, pérfido, maligno), teve a estréia de seu terceiro capítulo no dia 30 de julho. Então aproveito para vir aqui falar para vocês um pouquinho sobre a história dos filmes e minhas impressões!
É legal começar dizendo que os três filmes possuem basicamente a mesma equipe. James Wan, que colocou a mão em basicamente todos os filmes de terror famosos dos últimos anos (Sobrenatural, Jogos Mortais, Invocação do Mal, Annabelle, Gritos Mortais, dirigiu os dois primeiros e produziu o terceiro. Leigh Whannell, que faz o papel de Specs na trilogia, escreveu os três filmes e dirigiu o último (além de ter escrito Gritos Mortais e os 3 primeiros filmes da franquia Jogos Mortais). Oren Peli (da franquia Atividade Paranormal e Chernobyl) e Jasom Blum (da Blumhouse, uma companhia responsável por vários dos últimos filmes de terror lançados, além de filmes famosos como Whiplash, O Leitor e a série The River) produzem, junto de Brian Kavanaugh-Jones (A Entidade, Skyline, Inatividade Paranormal) e Steven Schneider (Franquia Atividade Paranormal, Area 51, Sex Tape), produtores executivos. Joseph Bishara cuida da música dos três filmes, além de Annabelle e Invocação do Mal (ele também participa dos filmes citados acima, como uma das entidades malignas. Spoiler free).
Talvez esse seja o motivo do sucesso? Repetir as pessoas que conhecem a idéia do filme e do diretor? Ter um bom relacionamento com seus brothers cinematográficos? Enfim, vamos ao que interessa!
Conhecemos o casal Lambert, que acabou de comprar uma casa nova e aos poucos está se instalando. Renai (Rose Byrne, de X-Men, Vizinhos, etc), Josh (Patrick Wilson, de Invocação do Mal, Watchmen, etc) e seus três filhos Foster (Andrew Astor, de Se Beber não Case), Dalton (Ty Simpkins, de Jurassic World e Homem de Ferro 3) e a bebê Cali estão na casa há pouco tempo quando Dalton sobe até o sótão, leva um tombo, vai se deitar e simplesmente não acorda mais. A ação começa 3 meses depois do início do coma, quando o menino volta para casa. Renai começa a ver aparições estranhas em sua casa, e Josh começa a ter flashbacks de algo que aconteceu em sua infância. A princípio Josh não acredita em sua mulher, mas um acontecimento sinistro faz com que ele concorde em se mudar de casa, pois eles imaginam que aquela seja mal assombrada. Ledo engano…
Ao se instalarem na nova casa, certos de que tudo ficaria melhor, Renai continua a presenciar aparições. Ela então entra em contato com Lorraine (Barbara Hershei, de Cisne Negro, Um dia de Fúria, etc), mãe de Josh, que além de acreditar em sua experiência, afirma ter passado por algo parecido e que teve pesadelos com a casa deles (Inclusive essa sequência tem uma cena que me fez pular uns 15m de altura, na primeira vez que eu vi. Não costumo levar sustos com filmes de terror, e esse me deixou bem irritada HAHAHAHAHA). Ela dá a idéia de chamar a médium Elise Rainier (Lin Shaye, de Grace, Detroit Rock City) para ajudar a entender o que está acontecendo na casa. Elise traz com ela sua equipe de investigadores, composta por Specs (Leigh Whannell, roteirista do filme) e Tucker (Angus Sampson, de Mad Max e a série Fargo).
Elise nos apresenta ao conceito mais importante do filme, a idéia de que existe um plano diferente do nosso, que ela chama de The Further (O Além). Esse lugar é um reino escuro, onde o tempo não funciona como nosso, e onde os vivos não devem ficar. É lá onde todos os mortos permanecem, antes de encontrar a passagem para a luz, e muitos deles estão lá para tentar tomar posse do corpo dos vivos. Existe o espírito de uma Velha Senhora (que é um spoiler gigantesco, já que ela aparece em todos os três filmes) que está atormentando a vida da família. O filme termina com uma cena muito legal, que é o gancho para a continuação, onde percebemos que o Josh que voltou pode não ser o Josh de verdade.
Agora sobre o filme: É bom, mas fica aquela sensação de que poderia ser melhor. Peço perdão pelos spoilers, mas não tem como (serão leves, prometo). As cenas com as assombrações são muito legais (a música das tulipas dá um nervoso sem igual), a ideia da projeção astral é bem interessante, mas poderia ter sido melhor explorada. A segunda metade do filme ficou meio corrida, com as coisas se resolvendo rápido demais, mas ao menos a sequência final fez tudo valer a pena. Descobrimos que o menino Dalton herdou de seu pai o dom de fazer viagens astrais, e que quando pequeno Josh também foi perseguido por um espírito que queria tomar conta de seu corpo (A cena dos dois na “oficina” do monstro é incrível).
Lin Shaye dispensa elogios e, como sempre, está maravilhosa no filme. Leigh Whannell e Angus Sampson são os responsáveis pelo alívio cômico, que está na medida certinha (diferente do remake de Poltergeist, que é praticamente uma paródia de tantas piadinhas fora de hora). Patrick Wilson faz um bom trabalho, mas é no segundo filme que ele brilha; Rose Byrne está com cara de choro o tempo todo, como sempre.
É importante prestar atenção no som de coisas estalando/quebrando, que sempre precede as aparições da figura maligna que quer tomar conta do corpo de Dalton. Memorize o som e entenda as referências futuras.
No mais, são duas as lições que tiramos do filme: 1- Não façam viagens astrais e 2- Não tenham babás eletrônicas.
Nota: 4 de 5
A cena inicial do filme nos leva de volta para o ano de 1986, mostrando uma visita de Elise à casa de Lorraine, para conversar com um Josh criança, que está sofrendo de terrores noturnos. Junto de Elise temos Carl (Steve Coulter, de Invocação do Mal, a série Banshee, etc), um também médium que se comunica com os espíritos através de pedrinhas com letras escritas, que ele guarda dentro de um saquinho.
Depois de mostrar o que foi feito para livrar Josh desse mal, o filme retorna para os dias atuais, mostrando as investigações da polícia depois dos acontecimentos do filme anterior. As assombrações continuam aparecendo, mas Josh está em negação, insistindo para que Renai as ignore. A aparição de uma violenta mulher, toda vestida de branco, deixa Renai desesperada, e ela recorre à ajuda de sua sogra Lorraine. Elas cruzam com um nome, Parker Crane (Tom Fitzpatrick, de Uma Comédia Nada Romântica), e resolvem investigar.
Lorraine, Carl e os ajudantes de Elise, Specs e Tucker, visitam o hospital onde Parker esteve internado, e encontram o endereço de sua casa. Resolvem então investiga-la, para tentar entender o que está acontecendo e qual a relação dele com Josh. Eles pedem a ajuda do espírito de uma amiga para que ela possa guia-los nessa investigação, mas acabam descobrindo que o espírito que está respondendo a eles não é o de sua amiga e nem tão bonzinho quanto eles pensaram ser (essa plot é uma das coisas mais interessantes desse segundo filme, e o personagem de Parker também está presente no filme seguinte). Mais pra frente rola até uma viagem temporal bem maneira, interligada com as cenas do começo do filme (minha mãe bateu palminhas, dizendo “agora eu entendiiiii ahahahahhahaha que legal!”).
Spoiler de leve: Josh precisa encontrar as memórias de Parker e destruí-las, para que ele se enfraqueça e abandone seu hospedeiro. Seu filho Dalton resolve ir atrás dele no Further, para ajudá-lo a achar o caminho de volta (nos mostrando um claro exemplo de narcolepsia infantil). Destaque para a atuação de Patrick Wilson e da equipe de maquiagem, que conseguiram deixa-lo com uma aparência bastante bizarra e doentia!
O filme acaba com o mesmo estranho som de estalos/coisas quebrando que eu falei antes, o que indicava que mais história ainda estaria por vir. E não é que veio? Eu raramente erro nas minhas previsões cinematográficas!
Achei esse filme bem melhor do que o primeiro. Nesse não teve muito mistério para entender o que estava acontecendo com Josh, e saber sobre a história da assombração que o perseguiu por todos aqueles anos foi bem legal. As cenas que se passavam no Further foram bem mais longas e eu pude me deliciar com aquela fotografia incrível em tons frios (quase dava pra sentir a temperatura caindo), além de ver várias assombrações diferentes passeando pelo mesmo cenário (não me assustei dessa vez).
O que aprendemos com esse filme? Que é possível dormir enquanto uma pessoa possuída está querendo te matar, e que músicas românticas são uma ótima forma de contato entre espíritos e humanos!
Nota: 4,5 de 5
Esse filme pode ser visto antes dos dois primeiros, caso vocês queiram, já que ele se passa alguns anos antes dos acontecimentos da família Lambert. Ele conta a história da família Brenner, Quinn (Stefanie Scott, atriz de séries da Disney Channel), Alex (Tate Berney, da série All my Children) e seu pai Sean (Dermot Mulroney, de Segredos de Sangue, O Casamento do meu Melhor Amigo, etc), que perderam a mãe e esposa Lilith (mãe dos demonhos Ele Keats, de Monday) para o câncer.
Quinn procura Elise para tentar contatar sua mãe, já que ela acha que sua mãe está tentando lhe dizer alguma coisa. Elise está “aposentada” da vida de médium, depois da morte de seu marido, mas se compadece pela menina e aceita fazer uma sessão para ela. Eventualmente, a sessão acaba dando errado e Elise aconselha Quinn a não tentar contatar sua mãe por conta própria, pois quando chamamos uma pessoa, todas as outras escutam também.
Quinn volta triste para casa, mas precisa elevar seus ânimos pois tem uma grande audição para uma escola de artes em Nova Iorque. Ao chegar lá ela vê uma pessoa acenando para ela dos fundos do teatro, e fica duvidosa sobre quem pode ser. A pessoa reaparece no final da rua, do lado de fora do teatro, e enquanto Quinn fica parada observando BUM ATROPELADA!!!!!!!! Talvez seja um spoiler levinho, mas é agora que começa a ação!
Enquanto Quinn está entre a vida e a morte, ela vê algumas coisas meio bizarras. Ao acordar, ela descobre que precisará ficar em uma cadeira de rodas por um tempo, pois quebrou ambas as pernas. Coisas muito estranhas começam a acontecer, e fica bem claro que uma entidade está tentando entrar em contato com a menina, mas a princípio não sabemos quais são suas intenções. Vemos novamente uma entidade que apareceu nos dois filmes anteriores, e que tem uma predileção por assombrar a vida de Elise e tentar matá-la. É nesse filme que Elise e os investigadores Specs e Tucker viram uma equipe, e o alívio cômico fica novamente por conta deles, que chegam primeiro na casa para saber se as assombrações eram reais ou não e acabam se embananando completamente.
Acaba que essa entidade estava levando Quinn embora aos pouquinhos, e Elise precisa ir até o Further para conseguir salvar a alma de Quinn, que estava aprisionada pela entidade. Para conseguir realizar essa proeza, a médium acaba contando com uma ajuda bastante especial. O fim do filme deixa bem clara a ligação com os Lambert e por qual motivo Elise foi tão solícita em ajudar.
Uma coisa interessante e uma coisa tosca sobre o filme. A coisa interessante é a fotografia, que traz uma predominância de tons quentes e luzes vermelhas durante as cenas de ação, e tons frios durante as cenas no Further. Isso já acontecia nos dois filmes anteriores, mas nesse estão mais presentes explicitamente (talvez por não ter sido dirigido pelo James Wan? Será? Risos?). A coisa tosca é que o final parece um filme da Disney. Talvez tenham se inspirado na protagonista, talvez a Disney liberou uma verba pra que ela aparecesse, talvez tenha faltado criatividade. Só sei que o final feliz, com trilha sonora de cena de vitória, com fantasma fofo dando apoio moral e com círculo de pensamento positivo foi DEMAIS pra mim. Achei péssimo.
Duas lições: 1- Espíritos também são conscientes e sustentáveis, pois desligam seu notebook pra bateria não acabar e fecham sua cortina e porta para você dormir melhor. Achei super amável e carinhoso. 2- Não se comunique com seu amigo batendo na parede a menos que você tenha certeza de que ele está lá mesmo.
Nota: 2,5 de 5
E vocês, o que acharam da trilogia? Concordam ou discordam comigo? Deixem suas opiniões aí nos comentários, vamos conversar!