From Dust!

Alguém se lembra de Black & White?

É uma franquia da Lionhead Studios, também responsável pela franquia Fable, amada e odiada por muitos. Criada também por um ícone polêmico dos games, Peter Molyneux, visionário ou nem tanto. Em Black & White você é um deus recém nascido que deve encontrar seus aldeões e os conduzir para uma sociedade próspera. A principal mecânica é você (na verdade o cursor do mouse em forma de mão divina) moldar o mundo para desenvolver sua pequena sociedade. Coletando recursos, tirando obstáculos do caminho, pegando água para a plantação e etc… Eu sou fã da franquia, que infelizmente não existe mais.  Mas então conheci From Dust, e vi um agradável sucessor espiritual da franquia morta.

Em From Dust, você encarna uma entidade invocada por uma tribo primitiva, The Breath como o chamam, incumbida da tarefa de guia-los. Sua tribo está sem memória, à mercê de todos os perigos naturais. Ofãos de B&W ficarão contentes em saber que From Dust apresenta uma mecânica semelhante ao jogo da Lionhead. O jogo foi desenvolvido pela Ubisoft, junto de Eric Chahi (Another World)

Você começa com os seu povo em algum lugar avulso do mapa, pega os totens distribuídos pela fase para neles construir sua vila. Ao todo deve pegar todos os totens do mapa para liberar o próximo. Apenas isso.  E alguns desses totens podem dar capacidades mágicas para a entidade, um recurso bem interessante que vai te ajudar bastante nessa jornada. Se ocorreu uma inundação, você pode congelar a água para que ela não invada a área da vila enquanto tem o curto tempo para construir muros de areia, outro aumenta o limite para coleta de recursos, melhorando seu trabalho. Além desses totens, você tem outras pedras sagradas que te ajudam a impedir água ou lava de seguir levando seus aldeões.

 

Tudo isso parece fácil, mas cada mapa tem seus obstáculos próprios, e você terá que reinicia-lo uma, duas, três, até quantas vezes forem necessárias apenas para se acostumar com o ambiente. Uma das partidas quebrei a cabeça para tentar resolver os problemas. O totem mais próximo ficava entre um rio de água e um rio de lava, um de cada lado, ocorrendo inundações e erupções frequentes, e por mais astuto que fosse construir diques para barrar todo aquele problema, sempre vinha uma onda de lava maior enquanto segurava a água de engolfar meus preciosos oradores. Solução? depois de mais ou menos conhecer o mapa, peguei duas plantas bombas, criei buracos no vulcão bem a frente da minha cidade, e fiz o mesmo com as fontes que cuspiam água a todo o momento. Logo, os dois elementos caiam em uma grande vala, que me dava tempo para construir diques de proteção potentes e mandava meus xamãs em buscas das pedras de proteção. Algumas erupções novas quase acabavam com a vila, mas me mantive atento a mãe natureza que sismava em me sabotar nessa operação.  E cada mapa é assim.

A parte sonora do jogo é sensacional, ritmos tribais leves dão o contexto de cada partida. Cada ação sua gera um som de tribal, momentos de tensão em tsunamis e erupções são seguidas de trombetas e tambores, assim como quando usam o poder das pedras sagradas para afastar desastres. Tudo isso casa com o ambiente que o jogo passa. Além do som, os gráficos são muito bem definidos, desde você dar um zoom máximo para ver seus aldeões de perto, quanto para chegar no limite de enquadrar toda a ilha. Sem nenhum tipo de queda de frame rate. A lava e a água tem texturas muito bem feitas, coisa que só dá mais gosto de jogar.

E uma adição interessante para quem gosta, é a história, cada mapa tem segredos escondidos, que são usados ao explorar a geografia ou mandando xamãs estudarem os vestígios do povo antigo, gerando conhecimentos de animais, plantas, geologia e etc…

No final das contas o jogo é curto, obviamente um jogo de PSN, mas que me garantir horas divertidas em frente a Tv. Recomendo fortemente esse jogo para quem gosta de estratégia, desafio e originalidade. Me senti uma criança brincando numa caixa de areia.

 

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