Durante escavações realizadas no interior da Catedral de Notre-Dame, em Paris, arqueólogos encontraram dois caixões de chumbo enterrados sob o antigo piso da nave central, próximos ao altar-mor.
A descoberta aconteceu em 2022, como parte dos trabalhos de restauração da catedral após o incêndio que a atingiu em 2019.
O achado chamou atenção não apenas pelo contexto histórico e simbólico do local, mas pelo material dos túmulos e pela possível identidade de quem ali repousava.
O uso do chumbo, raríssimo e caro, levanta questões sobre poder, privilégio e práticas funerárias da época. É esse enigma, enterrado bem no centro da igreja mais icônica da França, que continua provocando especulações, teorias e investigações.
Em 2024, um novo capítulo desse mistério foi escrito com a revelação da identidade de um dos corpos.
No episódio de hoje, os investigadores Andrei Fernandes, Rafael Jacaúna e Tupá Guerra, dissertam sobre como a identificação não encerra o mistério, mas lança luz sobre o tipo de figuras que podiam reivindicar descanso eterno sob o coração de Notre-Dame, além de abrir ainda mais perguntas sobre o segundo ocupante e o que essas escolhas funerárias revelam sobre o poder simbólico desse espaço.