Foi no gótico que muitas mulheres se sentiram confortáveis e atraídas, seja como fã, consumidora dessa literatura ou como criadora dessas histórias, já que muitas vezes as narrativas desses livros abraçavam figuras femininas como as criaturas frágeis ou vulneráveis que enfrentavam ameaças sobrenaturais e misteriosas.
A condição social feminina, como opressões, confinamento e os papéis tradicionais de gênero, também foi um meio que a literatura gótica viu que poderia explorar, já que isso passava a ser preocupação de mulheres na época, ou seja, muitas questões que eram negligenciadas na vida real e causavam medos, foram sendo exploradas na ficção de terror de diversas formas, acabando assim por moldar a maneira como o horror é compreendido e apreciado hoje.
Autoras pioneiras como Clara Reeve, Ann Radcliffe, Mary Shelley, Shirley Jackson, Edith Wharton ou Daphne du Maurier, desafiaram as normas de suas épocas contribuindo sobremaneira para a evolução do horror, explorando temas como maternidade, vida doméstica, sobrenatural, o macabro e o psicológico.
No Mundo Freak Confidencial de hoje, junto com nossos investigadores Andrei Fernandes, Jey Carrillo, Ira Croft e Gabi Larocca vamos conhecer um pouco mais sobre a vida e obra de algumas dessas pioneiras que tanto contribuíram para a literatura de horror, abrindo caminhos para outras mulheres continuarem seus legados, construindo novos olhares e percursos.