Desde os primórdios da humanidade, o homem busca uma explicação para tudo o que acontece à sua volta. Por esse motivo, a linguagem – primeiramente a oral e posteriormente, escrita – foi utilizada para transmitir as reflexões de indivíduos sobre a vida, a natureza, a sociedade, entre outros.

Junto das narrativas religiosas e heróicas temos os contos de fadas e as fábulas, contados e criados por pessoas das mais diversas classes sociais e lugares. Sem qualquer pretensão de explicar as origens de fenômenos naturais ou de narrar a saga de um herói sendo provado pelos deuses, essas narrativas têm como principal objetivo entreter os ouvintes ou lhes ensinar alguma lição.

É impossível traçar a origem de um conto de fadas. Narrativas semelhantes existiam em diferentes partes do mundo e em diferentes períodos, adquirindo novas versões graças à diversidade cultural de seus contadores. Os ouvintes também eram variados: assim como foi para o sultão Shahriar que Sherazade contou histórias por mil e uma noites, o público dos contos não era composto apenas por crianças.

Hoje, nossos investigadores Andrei Fernandes, Juliana Ponzi, Jey e Gabi Larocca convidam Flávia Gasi para recontar e comentar os contos de fadas mais famosos compilados em obras como o “Pentamerone”, de Giambattista Basile; a coletânea de “Contos da Mamãe Gansa”, de Charles Perrault; os “Contos de Grimm”, dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm e os contos de Hans Christian Andersen.