Desde os primórdios da civilização humana, o Homem tentou explicar os diversos mistérios que o rodeavam com histórias que fundiam conceitos do seu cotidiano com a natureza. Deuses, mitos, lendas, e dentre essas, criaturas antropomórficas com traços de animais, sendo um caso nesse estilo a lenda dos lobisomens, espécie de “Homem Lobo”, uma das mais antigas lendas, curiosamente encontrada em várias culturas.
Entre os mitos gregos está a história de Licaão ou Licaonte, rei mítico de Arcádia, que foi punido por Zeus, transformando o rei grego em lobo pelo seu insolente banquete canibal. A ligação com lobos encontra-se também na mitologia nórdica onde Fenrir, filho do traiçoeiro Loki, devorou a mão do deus Týr em um desafio que levou-o a ser aprisionado, o predestinado a devorar o deus Odin no inexorável “Ragnarock”.
A ameaça lupina desde muito tempo adentrou em nossa cultura simbolizando uma ameaça, uma incontrolável força da natureza, um predador nato em busca de violência nas noites de lua cheia.
Dentre os casos mais populares de casos envolvendo seres metade Humano e metade Lobo, os infames Lobisomens, estão os ataques que ocorreram na região de Gevaudan, na Europa. E é sobre os relatos que remontam do século XVIII que os investigadores Andrei Fernandes, Rafael Jacaúna, Tupá Guerra e Hell irão embarcar.