Imagine um cara esticando um elástico, apontando para o seu rosto sem soltar. Essa foi a sensação quer era passada no primeiro Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999): Aquela tensão pelo medo do desconhecido, juntando ansiedade e nervosismo pelos personagens. Não tínhamos muitas informações na época daquele lançamento, por isso o marketing e divulgação em cima do filme foi genial e acabou criando uma tendência de filmes “Founded Footage”.
Agora, 17 anos, temos essa volta ao bosque de Burkittsville no novo Bruxa de Blair, que foi anunciado na surpresa e estreou nessa semana nos cinemas brasileiros. Mas surge a famosa pergunta: Vale a pena? Infelizmente te responderia “depende”.
O formato é parecido com o primeiro filme, pelas sequências dos acontecimentos mostrados durante o longa. Só que, por mais que tenhamos algumas coisas mais atualizadas e tecnológicas (como as câmeras atuais), o filme peca pela falta de carisma dos personagens e a motivação do protagonista acaba sendo estranha. Ao contrario do primeiro filme, o qual os próprios atores e atrizes deram nomes aos personagens, aqui na continuação tudo é fictício, com personagens genéricos. Em relação as próprias câmeras usadas, uns gadgets posicionados na orelha dos personagens deixariam muitas GoPro´s no chinelo. Isso foi acabando com a crença mais “verídica” dos fatos filmados, que assim como no primeiro filme, foram achados.
Uma coisa bacana que é mostrada é em relação a própria história da bruxa, Elly Kedward (Para mais informações, recomendo escutarem o cast que fizemos aqui sobre a verdadeira Bruxa de Blair. Se você pesquisou na época ou leu algo sobre ela, logo identifica algumas coisas faladas e dão um “up” a mais, porém apenas isso. A Sonoplastia do filme continua excelente, e a tensão é compensada e as vezes o silêncio soma ao medo pelo fato de esperar algo vir.
No decorrer do filme, ele acaba lembrando muito o novo jogo Resident Evil 7 pela sua fotografia. Quando chega na casa da Bruxa então, as semelhanças são gigantescas! Desde as texturas das paredes, os símbolos, a lanterna, tudo é muito parecido. Refletindo um pouco, acredito que com um óculos de Realidade Virtual, esse filme seria sensacional. Fica a Dica.
Depois desses defeitos e tal, porque o “Depende”?
Se você curtiu o primeiro filme, não tem como você não se sentir familiarizado com as coisas que vão acontecendo no longa e seus pequenos upgrades, mesmo achando que a trama merecesse um desenvolvimento maior. Se eu falar algo a mais do que isso, ai é spoiler demais!
De certa forma, recomendo vocês assistirem esse filme em algum dia de promoção do cinema. Não vale a correria e estresses de final de semana com filas e tudo mais. E quando for, relaxe e tente ter essa imersão dentro do filme. Eu ainda acredito q se esse filme tivesse sido lançado na época do Bruxa de Blar: Livro das Sombras (Book of Shadows: Blair Witch 2, 2000), o filme teria um outro peso, mais satisfatório. Alias, eles ignoram totalmente essa continuação de 2000.
Aproveitando, deixo o convite a todos para o nosso Freak Live Show, o qual vamos fazer um apanhado dos filmes e atualizamos algumas informações que foram gravadas no Mundo Freak Confidencial!