Olá, olá!
— Eu sou o Tíbio.
—E eu sou o Perônio.
Brincadeira!! Aqui quem vos fala, ou melhor, escreve, é o Taka! Tudo bem com vocês, Freakianos amaldiçoados pelos deuses dos board games?
Galera, eu tenho que contar uma nova experiência que tive essa semana: descobri um jogo de tabuleiro muuuuuito insano! Bom, não sei se posso chamá-lo de board game porque ele não tem tabuleiro, apenas algumas fichas e cartas. O jogo se chama Poker, ops… jogo errado. Mas falando sério, o jogo realmente é composto por cartas (mas é um baralho próprio, bem diferente dos convencionais), fichas coloridas onde cada uma representa uma pedra preciosa, tendo o desenho e cor da pedra correspondente: as fichas verdes são de safira, as vermelhas de rubis, as amarelas de ouro, e por aí vai.
Este jogo é o Splendor!! Um jogo rápido, simples, dinâmico e divertido. O que mais eu quero em um board game? Só faltou ele ter algumas entradas USB, porque vocês sabem: tudo nessa vida fica melhor com USB! Uma vez eu comprei um ventilador só porque ele tinha entrada USB… Mas essa é uma história para outro dia, vamos manter o foco: Splendor.
Bom, como eu disse anteriormente, ele é supersimples. Mas não se engane, não é fácil. Muito me fascinou o fato do quesito sorte não fazer parte desse game. Estratégia é o único caminho que o levará à vitória e à supremacia.
O Splendor tem como temática o período renascentista, onde cada jogador encarna um ourives que precisa provar seu talento como tal, sobressair entre os rivais e conseguir toda a clientela, representada pela nobreza, para si.
O manual do jogo possui apenas duas páginas, nada mais! Foi essa simplicidade que me chamou a atenção. Como uma coisa tão, aparentemente, básica pode ser tão divertida?
Bem-vindos de volta, espectadores. A curiosidade vos mata? Pois vamos saciá-la agora mesmo.
Como “funfa” o jogo?
Você só pode fazer uma das quatro ações disponíveis no seu turno, por isso escolha bem o que fazer, um passo em falso e isso pode significar a sua ruína. Adoro drama, perceberam? Deveria fazer teatro…
Possíveis ações em um turno
1 – Pegar do banco três pedras preciosas de cores diferentes. Ação mais básica no começo do jogo para juntar fortuna e comprar as cartas;
2 – Comprar duas pedras da mesma cor, desde que haja, no mínimo, quatro delas disponíveis no estoque. É sempre bom focar em uma cor para monopolizar uma parte do jogo;
3 – Reservar uma carta, colocando-a em sua mão, para comprá-la futuramente. Uma ótima maneira de não deixar os rivais comprarem uma carta que você tanto quer. Além de reservar a carta você ainda ganha uma peça de ouro, que é um coringa no jogo (vale como qualquer outra pedra). Mas cuidado! Você só pode reservar um máximo de três cartas.
4 – Comprar uma carta que está na mesa ou em sua mão. Essa é a ação que faz você ganhar pontos e se livrar de cartas reservadas.
Viram só? Não disse que era simples? É isso! Acabou seu turno, passa a bola, não enrola. Ninguém gosta de slow players!
Ok, talvez eu tenha sido um pouco simplista demais em relação às regras, compre o jogo e leia as outras 3 linhas que não descrevi do manual. Sério, compre o jogo, vale a pena. E você nem precisa de rubis ou diamantes para adquiri-lo, basta um punhado de reais. Vale a pena cada centavo investido.
A graça do jogo está em perceber a estratégia de cada um ao seu redor, observar quais pedras todos estão pegando e também pegar algumas delas para você; ou seguir uma linha diferente e ir atrás das pedras que ninguém está se importando, comprar (ou reservar) a carta que vai te ajudar no futuro ou uma que vai ajudar muito um rival, atrapalhando demais seus planos de supremacia. Estratégias a mil! Vale a percepção do momento para escolher a melhor ação possível em seu turno. Vale lembrar que a lábia é essencial no jogo, uma vez que você pode induzir os outros a fazerem jogadas toscas ou desviar a atenção deles daquela carta que você está secando faz três turnos. Tudo é válido para sair como vencedor! Bom,quase tudo! Não sequestre o cachorro de ninguém para fazer chantagem… Sequestrar cachorrinhos não é legal… Sério mesmo.
Eu não consigo parar de elogiar o Splendor! Acho que virei uma groupie. As ilustrações nas cartas são belíssimas, o material é de primeira linha, a caixa é resistente, tem lugares separados para cada ficha e não é grande. Dá para levar para a praia ou jogar naquela tarde chuvosa, onde você olha para o lado e vê seu primo deitado no chão com as pernas no sofá jogando uma bolinha de taco para cima e pegando de volta, olha para o outro lado e vê sua mãe assistindo ao Silvio Santos… Ai que delicia.
Splendor é novo no Brasil, quem trouxe o jogo foi a galápagos jogos. Boa garoto! Já está à venda no site deles, e possivelmente em lojas especializadas.
Uma prova de que nada tem que ser complicado para ser bom, basta ser bom e ponto. As partidas são rápidas e dinâmicas, assim ninguém fica com tempo para ficar mandando mensagem pelo celular, pintando a unha ou cutucando o nariz. FOCO NO JOGO, RAPÁ!
Bom, não tenho como me estender muito, pois quero que minhas palavras transmitam o espírito do jogo: conciso e rápido, dinâmico e SIMPLES. Falei, agucei, expliquei, tô vazando! Tenho muitas pedras preciosas para conquistar! Fica aqui meu desafio! Galera do Mundo Freak, bora marcar uma jogatina? Só me chamar que eu vou! Apenas diga meu nome três vezes, que eu apareço, tipo Beetlejuice.
Dificuldade de aprendizado: Fácil, extremamente fácil, pra você, e eu e sua vó, sua tia, sua cunhada e até o vizinho jogar junto.
Jogadores: 2 a 4 jogadores (ok, não daria para ser todas as pessoas acima jogando literalmente juntas)
Duração do jogo: 20-40 min
Nota do Taka: 9,99 e 491 jujubas
É isso aí!
Um bom resto de vida a todos! Hasta!