Salve, salve nobres leitores, aqui quem vos fala é o investigador Paulo Henrique e dessa vez iremos continuar falando sobre meu amor pela música. Aqueles que acompanham meus escritos conseguem perceber que a música é algo que não deixa de me seguir em diversos momentos – um grande amor eu diria. Aposto que você, caro leitor, já se deparou com uma música que fizesse parte de sua vida, aquela música especial que você para, ouve e começa a relembrar algum momento feliz ou triste. Bom, diferente de lembranças lindas hoje irei contar um pouco mais sobre uma música que mudou a vida de mais de 100 pessoas, estou falando da música Szomorú Vasárnap. Traduzindo do húngaro: O domingo sombrio.
Nossa história começa na Hungria, no ano de 1933, quando o compositor, gênio e pianista Rezsö Seress compõe uma música até então dada como simples pelo próprio autor, com o intuito de demonstrar sua infelicidade e insatisfação com a vida. Suas angústias seriam colocadas no papel e transmitidas para todos os seus fãs em uma composição de piano e vocal, simples, direta e sombria. A música foi gravada e é aí que se iniciam os ocorridos ainda sem explicações.
Após uma semana desde a gravação da música, a namorada de Seress foi encontrada morta em seu apartamento, exames toxicológicos indicaram índices de veneno em seu corpo indicando claramente um suicídio, a parte que mais intrigou tanto seu namorado quanto as autoridades é que, junto ao corpo da moça, fora encontrado um trecho da música Szomorú Vasárnap que dizia basicamente:
“Szomorú vasárnap “Domingo é sombrio
száz fehér virággal Minhas horas são insones
vártalak kedvesem Queridas são as sombras
templomi imával. Com que eu vivo, são inúmeras
Álmokat kergető Pequenas flores brancas
vasárnap délelőtt,” Nunca vão acordá-lo”
Não bastando para corroborar mais ainda para a lenda sobre a música, seu compositor, em 1968, se suicida pulando de um edifício em Budapeste e junto ao corpo, havia mais um trecho de sua música, o restante daquele que sua namorada já escrevera, como se tentasse completar a música. Muitos dizem que este suicídio foi causado pelo seu passado sombrio de vida dentro dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Grande Guerra e ainda mais pela morte de sua namorada, ou por sua infância conturbada ou ainda mais pelo peso na consciência de talvez ter sido o causador do suicídio de sua amada.
Muito pouco se sabe se todos os suicídios contabilizados pela música são reais, lendas urbanas afirmam que dentre estes quase 100 (ou mais) mortos continham trechos da música consigo; o que se sabe de fato é que o caso mais famoso foi de um homem em um bar que pediu para tocar a música pouco antes de se suicidar por afogamento. Em 1982, aproximadamente, a música foi proibida na Hungria; contudo, foi traduzida para o inglês por nomes de renome como Billie Holliday e desde então muitos cantores fizeram suas próprias versões.
Muitos campos da saúde tentam explicar esse tipo de acontecimento. A existência de tratamentos por música, como a musicoterapia, também pode ser aplicada de maneira reversa, explicam alguns estudiosos. Além disso, não é muito necessário um olhar científico: quem nunca ouviu uma música e se sentiu mais relaxado? ou ainda na academia, ouviu uma música e se sentiu mais elétrico e pronto para o treino? Na minha humilde opinião não seria impossível a existência de uma música que possua extrema carga emotiva e depressiva para causar um suicídio, afinal nosso cérebro ainda é uma ferramenta tão confusa e misteriosa que existem coisas que nem imaginamos que somos capazes de fazer.
Deixarei no final do post uma regravação da música (está em inglês então não se preocupe) para vocês dizerem o que acham dessa composição. Bom, vou ficando por aqui. Deixem nos comentários o que vocês pensam acerca do caso: acreditam na existência de um demônio por trás? Acreditam em fantasmas que obrigam você a se suicidar? Ou apenas um dia ruim? obrigado a todos que ficaram até o final e lembrem-se: Não olhem para trás.