O que esperar (ou não) da Nona Geração?

Quem aí já está pensando na próxima geração? Eu não sei vocês, mas as empresas que desenvolvem consoles já estão e faz tempo. Já sabemos da existência do NX da Nintendo e, mesmo que não tenhamos ouvido falar nada, a Sony já está trabalhando a tempos no PS5 e a Microsoft no novo XBox. Mas eu me pergunto o que esperar desses novos consoles quando chegar o momento deles enxergarem a luz do Sol.

A atual geração (oitava) recebeu certa reclamação no sentido de “só ter melhorado os gráficos”. De certa forma isso foi verdade, pois não houve uma mudança muito substancial. Porém segundo minha teoria, as revoluções nos games acontecem nas gerações ímpares. Nas pares há apenas uma evolução do que tinha na geração anterior.

Digo isso observando que na terceira geração tivemos a introdução do controle com botão direcional, forma mais eficiente de interagir com um universo 2D do que uma alavanca, além da definição de um gênero que é o principal dessa era, o side-scrolling plataformer. Na quinta tivemos a chegada dos ambientes 3D e gráficos poligonais com o uso da alavanca analógica, ideal para jogar um jogo em três dimensões, além da reinvenção do gênero de plataforma para 3D. Por fim na sétima tivemos a chegada da interação, que começou com a tela de toque do DS e com os movimentos no Wii, mas que depois foi abraçado pelas outras empresas, com o PS Move do PS3 (e o Touch Pad do PSP) da Sony e o Kinect da Microsoft. Na oitava geração, só tivemos mesmo um evolução das tecnologias já apresentadas, onde temos o Gamepad do Wii U que tem tanto a tela de toque como o controle por movimento (além de aceitar os controles de movimento do Wii), o Dual Shock 4 do PS4 que tem o Touch Pad do PSP e a luz no topo do controle, similar ao do PS Move, e o novo Kinect do XBox One, que dessa vez funciona bem.


Controles Revolucionários

Todas as revoluções citadas foram trazidas pela Nintendo. Embora alguns não possam gostar dela por ter um foco maior no público japonês, a empresa dentro da indústria de games é a “Apple com Steve Jobs”, ou seja, aquela que cria as novas tecnologias que são seguidas pela indústria. É só ver pelos exemplos mostrados acima. De qualquer forma, eu citei a empresa, pois é através dela que levantarei alguns pontos para dizer, não o que teremos na próxima geração, mas sim o que provavelmente não teremos.

No início da atual geração nós tivemos a interação com o 3D estereoscópico sem a necessidade dos óculos no portátil Nintendo 3DS. Na época se falava muito na tecnologia, muito impulsionado pela onda que invadia o cinema, tendo o sucesso do filme Avatar de James Cameron sendo o principal responsável. Se pensava que o 3D poderia estar ligado ao futuro dos games, porém assim como no cinema, a onda do mesmo teve seu auge e depois teve uma queda de interesse vertiginosa. Sendo assim, podemos dizer que não teremos alguma revolução associada a ele.

nintendo-3ds

Hoje se fala muito na realidade virtual, com o Oculus Rift e seus amigos chamando muito a atenção. Alguns acham que esse pode ser o futuro dos jogos digitais. Porém eu puxo aqui a posição da Nintendo sobre o assunto, dizendo que não pretende seguir por essa área, no caso dela por fugir muito da realidade do jogador que joga na sala de estar e muitas vezes com amigos e/ou família, e dizer que a realidade virtual não será a revolução da próxima geração. Mas não vou apenas dizer isso baseado no que a Nintendo disse.

Existe outro problema por qual eu afirmo que a realidade virtual não será o “tchan” da nona geração: motion sickness. Quando usando os visores de realidade virtual, a visão recebe uma informação, mas os demais sentidos não estão de acordo, então isso acaba por “confundir” o cérebro, causando no jogador náuseas e dor de cabeça como sintomas mais comuns. A aplicação poderia ser muito boa para jogos de arcade, onde há um cockpit de uma nave ou de um carro, onde a experiência seria mais focada e controlada, porém digo que para os consoles domésticos não virá.

Oculus

É difícil dizer o que vai acontecer de fato com a próxima geração. O único console que temos alguma informação que existe é o Nintendo NX e a empresa disse que ele traria conceitos novos para a prática de jogar. Por hora só podemos esperar que novas informações sejam divulgadas na E3. Mas e você, caro leitor? O que acha que teremos de revolucionário na próxima geração? Coloca aí nos comentários.

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