Salve, salve nobres leitores. Aqui quem vos fala é o investigador Paulo Henrique e hoje iremos tratar novamente sobre um serviço secreto, mas desta vez com um sabor de Vodka. Sim, estamos falando da KGB, o maior e mais temido órgão secreto da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Acompanhe-me nesta aventura para entender e descobrir mais sobre essa sinistra agência.
Primeiramente, a KGB (Комитет государственной безопасности ou Comitiêt Gasudárstviennoi Biesapásnasti, ou ainda se preferir em português: Comitê de Segurança do Estado) foi um órgão criado em 13 de março de 1954 e que desempenhou suas atividades até o dia 6 de novembro de 1991, sendo o principal órgão de inteligência da URSS. Em meados da Guerra Fria sua atuação era uma soma de operações secretas e polícia federal, tendo como prioridade o recolhimento de informações secretas do exterior.
Em seu auge, o Comitê de Segurança do Estado dispunha de 300.000 associados, barcos, caças e blindados, o que é incrível levando em consideração que era uma organização armada totalmente independente das forças armadas do país. Com o intuito de evitar o excessivo poder de suas antecessoras como a OGPU que mais tarde se tornaria a NKVD (sigla em russo para Comissariado Popular de Assuntos Internos), a KGB era dividida em 20 áreas conhecidas como diretórios, sendo responsáveis por espionagem e contraespionagem, com a missão de descobrir segredos militares e científicos do Ocidente. A KGB possuía uma importante vantagem sobre os norte-americanos: enquanto ela centralizava seu serviço de espionagem, o serviço secreto americano dividia esta função entre CIA e FBI.
Guerra Nuclear
O teste do primeiro armamento nuclear soviético, realizado em 1947, foi um sucesso. Este único e bem-sucedido teste levou medo aos americanos, que demoraram anos para atingir a “perfeição” em armas nucleares.
A notícia chegou rapidamente ao presidente Harry S. Truman, que ficou pasmo, pois os cientistas norte-americanos e a CIA asseguravam que eram necessários mais 10 anos até que a URSS conseguisse desenvolver suas próprias armas atômicas. A conclusão, portanto, era evidente: os russos haviam roubado informações ultrassecretas, tudo graças ao seu órgão de espionagem. Os materiais obtidos pelos espiões soviéticos permitiram não cometer erros, evitar testes sem sentido e o mais importante: reduzir os prazos para a criação de armas nucleares.
Nesta altura do campeonato, os americanos já haviam desenvolvido o “Plano Drop Shot”, uma ofensiva militar preventiva contra a União Soviética. Em sua primeira etapa, o plano estipulava lançar mais de 300 bombas atômicas e outras 250.000 bombas convencionais sobre o território da URSS; contudo, ao descobrirem que haveria a possibilidade de uma resposta à altura advinda do oponente, o plano foi abortado. Como já dito por Albert Einstein “Não sei como será travada a 3ª guerra mundial, mas a 4ª será com paus e pedras” e a geração dos anos 90 quase foi espectadora deste desastre.
Armas Biológicas
Em 1948, a URSS inaugurou um novo projeto de caráter ultrassecreto envolvendo armamento biológico. Próximo ao mar de Aral existia uma ilha convertida em laboratório, de onde deveria vir versões controláveis de Antraz e Peste Bubônica. O mais assustador aconteceu quando o governo soviético decidiu testar suas novas armas em seu próprio povo: ao ser ativada, a estrutura provocou automaticamente um surto de varíola, deixando 10 pessoas doentes – três das quais acabaram mortas. Ademais, outras centenas ficaram em quarentena e milhares foram vacinadas em apenas 15 dias. Graças ao programa de segurança da KGB, a informação só se tornou púbica em 2002.
Tunguska
Como este assunto já foi abordado em nosso podcast Mundo Freak Confidencial Tunguska, não irei me aprofundar no caso. Todavia, o interessante nesta história é que segundo um ex-agente da KGB o incidente de Tunguska teria ocorrido devido à queda de um OVNI, que fora encoberto pela inteligência soviética. As fontes não são 100% confiáveis, pois o ex-agente que confessou o caso foi encontrado morto em seu apartamento na cidade de Moscou alguns dias depois de sua declaração em rede pública.