The Following: Seitas, FBI, Serial Killers e muita enrolação

Olar Freakers! Hoje estou de volta para falar sobre The Following, e já começo dizendo que ela tinha tudo pra dar certo, mas falhou (quase que) miseravelmente. Mas vamos lá!

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The Following estreou em janeiro de 2013 e teve seu último episódio exibido em maio desse ano, 2015. Criada por Kevin Williamson, responsável pelo roteiro da franquia Pânico e por várias séries de tv famosas (Dawson’s Creek, Vampire Diaries, Stalker…), a série conta a história de Ryan Hardy (interpretado por Kevin Bacon, o eterno Ren de Footloose), um ex-agente do FBI que é chamado de volta para ajudar na captura de um serial killer que escapou da prisão. Esse serial killer é Joe Carrol (James Purefoy, da série Roma), um ex-professor de literatura, fanático por Edgar Allan Poe e que, durante seu tempo preso, conseguiu arrebanhar pela internet uma legião de seguidores fanáticos, dispostos a fazer tudo por ele.

Joe foi inicialmente capturado pelo próprio Ryan, e logo no começo da temporada ele é encontrado, passando a maior parte do tempo dentro da prisão enquanto seus seguidores executam seus planos por ele. Sua idéia é sequestrar seu filho e sua ex-mulher Claire (Natalie Zea, da série Justified), para que ele possa fugir da prisão e reconquistar sua família. Ele conta com a ajuda de seus seguidores, sendo Emma (Valorie Curry) a principal deles e a mais insuportável também (pior personagem do mundo).

Mas é claro que isso tudo era fantasia da cabeça doentia de Joe Carrol. Seu casamento com Claire não tinha chances de ser reconstruído, principalmente porque Claire e Ryan tiveram um relacionamento amoroso logo após Joe ser descoberto, há vários anos antes. Além disso, Claire tem muito medo de Joe e isso não é muito legal em um relacionamento saudável. Eventualmente Ryan e Joe se confrontam e Joe supostamente morre queimado, já que seu corpo não é encontrado. Será? Ryan e Claire voltam para casa, prontos para viverem sua bela vida, mas Claire é esfaqueada por uma das seguidoras de Joe e morre. Será?

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Na segunda temporada, temos a adição de vários novos personagens, afinal o show deve continuar. O FBI descobre que Joe não estava morto coisíssima nenhuma, e começa uma corrida atrás dele. Enquanto isso mensagens para Joe começam a ser enviadas, na tentativa de fazê-lo sair de seu esconderijo. Essas mensagens são enviadas por Lily Gray (Connie Nielsen, de Advogado do Diabo e Ninfomaníaca), uma admiradora de Joe Carrol, e seus dois filhos gêmeos Mark, o bonzinho, e Luke, o malvado (ambos interpretados por Sam Underwood, da série Dexter). Ela oferece a Joe um lugar para ficar e se esconder, pois possui várias residências escondidas e seguras por todo o país.

O FBI descobre o Doutor Arthur Strauss (Gregg Henry, famoso por várias séries de TV nos anos 80 e 90, como LA Lawn), que foi professor de Joe na faculdade e quem o ensinou a matar e a acobertar seus crimes. Ele é considerado o mentor de Joe e foi quem o ajudou a forjar a própria morte. Ganha mais destaque nessa temporada o agente Mike Weston (Shawn Ashmore, da franquia X-Men), que juntamente com Ryan trabalha para encontrar Joe e deter esse novo culto que está sendo criado. Conhecemos também Max Hardy (Jessica Stroup, da série 90210), sobrinha de Ryan, que trabalha na polícia de Nova Iorque e almeja entrar no FBI assim como o tio.

Aos poucos Joe, juntamente com sua fiel escudeira Emma, começa a perceber que Lily Gray não é tão confiável quanto eles esperavam, e quando Ryan Hardy se aproxima de seu esconderijo, ele foge para uma comunidade dentro de uma floresta, chamada Korban, onde todos são aceitos desde que estejam dispostos a mudar suas ações. O líder desse culto aceita Joe e pede sua orientação, e aos poucos vai perdendo o comando da seita para Joe, que vê uma ótima oportunidade de arrebanhar novos seguidores. Após começar a controlar a comunidade Korban, Joe vai a público e mostra que ainda está vivo e, já que é o momento da galera ressuscitar, descobrimos que sua ex-mulher Claire TAMBÉM está viva, e quando Joe descobre isso, fica extremamente perturbado.

Conhecemos também Carrie Cooke (Sprague Grayden, de Atividade Paranormal), uma repórter meio sensacionalista que é par romântico de Ryan e ajuda-o nas investigações, sendo uma forma de chegar até Joe. Na parte final da temporada Mike mata Lily Gray e seus filhos gêmeos juram vingança, Emma vai atrás de Claire pois fica com ciúme de Joe, Max mata Luke, o gêmeo malvado, e Joe volta para a prisão.

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A terceira e última temporada se passa um ano após os acontecimentos da temporada anterior e não é mais uma caçada a Joe, pois ele está preso no corredor da morte. Ryan está com uma nova namorada, a doutora Gwen (Zuleikha Robinson, de Mar de Fogo e da série Lost), que é tão chata e sem graça quanto todas as suas outras namoradas. Max e Mike, que haviam se tornado um casal no fim da segunda temporada, não estão mais juntos pois ele decidiu partir para o exterior, para caçar Mark Gray (o que nem faz muito sentido, mas beleza), enquanto ela entrou para o FBI.

Essa temporada trouxe novos “vilões”, e inclusive demorou bastante pra nos mostrar uma cena com Joe Carrol. Esses novos vilões são todos interligados e trabalham em conjunto com Mark (interpretado muito bem por Sam Underwood, que consegue transmitir a maluquice e bipolaridade do personagem), mas na verdade possuem um plano bem maior arquitetado e estão apenas usando Mark como um intermediário. Após esse plano ser finalizado, ainda na primeira metade da temporada, surge Theo Noble (interpretado por Michael Ealy, da série Almost Human), que é o “novo Joe Carrol”, também treinado pelo Doutor Strauss e considerado por ele seu melhor aluno. Theo é mestre em basicamente tudo: Se esconder, lutar, internet, assalto a bancos, assassinato, vida dupla, e etc. A trama gira em torno dele e de sua necessidade de limpar seus rastros e se esconder, pedindo ajuda de uma suposta organização assassina liderada por um milionário, que está disposta a ajudar contanto que ele capture Ryan Hardy (obviamente).

Enquanto isso, Joe finalmente é executado (em uma cena muito legal, diga-se de passagem, carregada de bromance e que com certeza deu margem pra milhões de fanfics) e Ryan se vê novamente entregue á bebida, depois de 2 anos estando sóbrio, pois não consegue lidar com a morte de seu BFF. Ele se vê perturbado, assombrado por Joe e pelas coisas que admitiu a ele e para si, e tanto Max quanto Mike tentam colocar juízo em sua cabeça, coisa que só vai funcionar no final da temporada. Durante essa parte dramática, Theo se junta a Mark e a Daisy (uma das “vilãs”, interpretada por Ruth Kearney, que é bem chata também, mas nunca chegará aos pés da Emma), usando a seu favor o ódio que Mark sente por Mike para tentar chegar a Ryan através dele. O que não faz muito sentido prático, já que Ryan tem uma namorada e seria muito mais fácil chegar nele através dela.

Theo tem uma irmã, Penny (interpretada por Megalyn Echikunwoke, de 24 Horas e The 4400), que é seu ponto fraco e, ao mesmo tempo em que ele captura Mike, Ryan captura Penny. Durante um encontro dos dois, quando eles vão trocar seus reféns, Penny parte em um ataque kamikaze para cima de Ryan e é alvejada por ele (óbvio), então Theo decide se vingar de Ryan, com a ajuda de Daisy (que se cansou da maluquice de Mark e escolheu ficar do lado de Theo).

Eu pergunto para vocês, qual é a forma mais fácil de vingar-se de Ryan Hardy, um agente do FBI? Matar sua sobrinha que trabalha no FBI? Matar seu melhor amigo que também trabalha no FBI? Matar sua namorada, que está grávida? Sim, isso mesmo que vocês pensaram! Ir até a casa onde a agente Gina Mendez (Valerie Cruz, da série Dexter), que havia trabalhado no caso no ano anterior e que havia se aposentado, está escondida com a família e fazer uma emboscada para Ryan, que é desconfiado e vai manjar na mesma hora! É claro!

Após Ryan chegar na casa, deixando trocentos policiais de tocaia, fazendo uma varredura total do perímetro da casa, prontos para montar barricadas na estrada, os dois se confrontam e Theo consegue fugir (claro que consegue), inclusive fazendo Ryan e outra policial de reféns. Theo leva os dois para um local abandonado e entra em contato com a tal organização, mas decide que vai matar Ryan para ter sua vingança. É aí que a coisa fica meio louca: Descobrimos que existe uma policial corrupta dentro do FBI que trabalha para essa tal organização e colocou que colocou um rastreador em Ryan, para que a organização pudesse encontra-lo. Então a galera consegue chegar onde Theo está e impede que ele mate Ryan, e os dois eventualmente acabam conseguindo fugir e Theo resolve fazer o óbvio: Raptar a namorada de Ryan. Começa então uma caçada extensa (de aproximadamente 1 minuto e meio) pelo carro de Theo, até que Ryan consegue avistá-lo indo na direção de uma ponte fechada para obras, que fica bem em cima de uma enorme queda d’água. Os dois se confrontam e é aí que acontece a cena mais tosqueira da série, que me fez jogar o tablet pro alto de tanto ódio. Se você não quer saber spoiler da parte final da série, pule essa parte!

Ryan atira na cabeça (NA CABEÇA) de Theo, que cai morto no chão (Ryan examina ele e joga sua arma pra longe), e logo depois abraça Gwen, de costas para Theo. Como essa série é boa no assunto “forjar a própria morte”, Theo se levanta, COM UM BURACO DE BALA NA TESTA, e se joga em cima de Ryan, tombando os dois ponte abaixo. Sim. É. A cena pula para uma pessoa indo visitar o policial corrupto no hospital e exigindo informações sobre a organização. Essa pessoa é Ryan Hardy que não morreu na queda (se o cara não morreu com um tiro na testa, o que é uma quedinha na água??) e que irá se vingar da organização. E fim. Fim aberto.

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São 3 as coisas que muito me irritaram em The Following durante esses 3 anos:

1- O FBI da série é a pior agência de segurança do mundo inteiro. Eles nunca, NUNCA, conseguem chegar a tempo de salvar as pessoas ou capturar os bandidos. O FBI está sempre um passo atrás dos caras malvados, e depois de 3 anos repetindo a mesma plot, fica bastante irritante. Se eu fosse diretora do FBI teria feito de tudo pra cancelar a série, porque deve ter manchando a imagem deles;

2- A monotonia. As temporadas demoram MUITO a engrenar e os primeiros episódios sempre são arrastados. Os personagens secundários não são bons e eles simplesmente fazem com que você tenha vontade que eles morram logo pra série acelerar. Pouco carisma;

3- Todo mundo morre fácil demais. Imagino que, além de ser um lixo, o salário pra trabalhar nesse FBI deve ser altíssimo. A cada confronto basicamente todos os figurantes do FBI morrem, a rotatividade deles deve ser difícil de acompanhar. The Following se despediu deixando um rastro de sangue para trás.

Quando The Following estreou, sua idéia era trazer uma série sangrenta sobre Serial Killers, com referências à literatura de Edgar Allan Poe. Confesso que comecei a assistir porque 1- adoro o Kevin Bacon e 2- Adoro o Allan Poe. Queria ver uma mistura dos dois, e o episódio piloto foi realmente bem interessante. Infelizmente a série foi perdendo seu gás e os roteiristas perderam a mão, com storylines e personagens fraquíssimos, além de não ter nada de sangrento. Tinha muita morte sim, inclusive mortes desnecessárias, mas as mortes não chocavam porque você não simpatizava com quem tava morrendo.

A 3ª temporada trouxe um gás novo, com cenas mais brutais e uma tentativa de fazer o telespectador se simpatizar mais com os personagens, mostrando um lado mais humano. Acho que poderiam ter escrito mais cenas com o Joe Carrol, e cenas melhores do que as que tiveram, mas a esse ponto eu só queria ver até o final para saber qual era o desfecho que eles dariam para a história. Fiquei empolgada com os episódios, que melhoraram bastante de qualidade e que não estavam mais tratando o FBI como uma agência incapaz (pelo menos não tanto). E daí chegou o último episódio e eu fiquei com aquela sensação horrível de que perdi muito do meu tempo.

Não sei se o final aberto foi porque não houve tempo de terminar direitinho, ou se foi uma tentativa de cavar uma futura continuação. Mas sendo um ou outro, foi um péssimo encerramento e, se você me perguntar se vale a pena assistir, eu te diria que não. Desculpa, Kevin. Meu coração continua aberto, mas vamos nos encontrar só no cinema mesmo :/

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Alguém aqui assistiu a série? O que achou? Aparece aí nos comentários, vamo bater um papo!

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