Há muito tempo que uma animação não me prendia tanto como esse parasita conseguiu, foi assistir o primeiro episódio e perceber que eu já estava infectada.
Já falamos aqui no Mundo Freak sobre o mangá (leia a resenha aqui) que foi publicado em 1990 e terminado em 95, o que não contávamos era que depois de 19 anos essa intrigante obra voltaria adaptada em anime como Kiseijū: Sei no Kakuritsu – no inglês Parasyte e produzida pelo estúdio de animação japonês Madhouse. Sua estréia como animação no Japão foi em outubro de 2014.
A sinopse do anime segue a risca o roteiro do mangá, seres extraterrestres em forma de parasitas invadem a Terra e se apoderam dos humanos entrando pelas cavidades corporais, com a finalidade de controlar o corpo da vítima. A história central se passa em torno de Migi – um parasita que falha em possuir o corpo de Shinichi Izumi, fazendo com que os dois sejam obrigados a coexistirem juntos.
Se você leu até aqui e gostou é hora de conferir o trailer. O que para muitos parece ser mais um gore da vida, garanto que este será apenas o começo da diversão.
Deu para perceber que não é brincadeira.
Parecendo uma chuva de mamonas brilhantes, o alienígenas chegam a terra em forma de lesminhas – isso me lembrou um pouco o filme The Faculty, em português Prova Final, com Elijah Wood – procurando por corpos humanos para entrarem no cérebro e tomar posse da mente dominando por completo o seu hospedeiro.
Assim como no mangá, Shinichi, um típico estudante japonês, é infectado por um parasita, que ao tentar invadir seu corpo não consegue chegar até seu cérebro, e acaba controlando apenas o braço direito dele, recebendo o nome Migi, que significa direita. Mas não é só isso, ele também adquire uma forma estranha com olhos e boca (feminina!), além das garras para lutas.
Sim, o anime apresenta muitas lutas vividas pelos nossos protagonistas, que enfrentam os outros parasitas obstinados em dominar definitivamente o planeta. E, a cada avanço dos episódios é incrível a evolução dos personagens e dos conceitos discutidos na série.
O anime é emocionante e divertido, mesmo com os elementos básicos de uma animação japonesa – adolescentes, boobies e lutas – ele coloca em pauta assuntos sérios e filosóficos, explorando condutas morais de certo e errado, como a nossa sociedade e a cadeia alimentar.