[Preview] O que esperar de O Hobbit?

Não haverá Spoilers sobre a trama

Antes de começar, gostaria de deixar claro que esse é um texto com alto teor especulativo. Toda a informação é retirada nas noticias da produção até o momento, conteúdo lançado pelo marketing do filme e pela experiência cinematográfica e literária que tenho da obra e tudo que a cerca. Então, por mais que meus pedidos de “me adote” tenham sido negados pelo Peter Jackson, não terá nada 100% concreto.

O Hobbit é a nova adaptação cinematográfica de um dos mais representativos escritores do nosso século. Mas não falaremos do óbvio.

Para falarmos de O Hobbit é preciso voltar no tempo para falar de Senhor dos Anéis, ele será nosso principal “norte” para o básico: O Hobbit será um bom filme? Ao que tudo indica, mais do que isso. O projeto é comandado pelo queridinho dos Tolkenianos, Peter Jackson, e para alguém ser queridinho por uma obra ADAPTADA é algo a se relevar.

Além de tudo, a franquia de filmes do Bonde do Anel é uma ótima adpatação que prova que a obra não precisa ser literalmente transcrita para outra mídia, isso geralmente é um dos muitos erros que os produtores cometem. O livro e o filme tem discrepâncias enormes tanto em personagens, ritmo e acontecimentos. Falando sobre Tolkien. O cara era foda, mas longe de ter uma técnica que temos hoje em dia na literatura. Chato e cansativo são adjetivos muito usados pelas pessoas comuns e admitidos pelos fãs.

Peter Jackson lutou contra o que era óbvio, tudo indicava que SdA seria uma grande bomba, por ser uma adaptação de livros densos e de ritmo datado. E não preciso concluir o que aconteceu logo depois.

O Hobbit, é um caso diferente.

Bilbo é um simples hobbit do condado que é chamado por Gandalf para ser um ladrão e ajudar os anões que perderam a muitos anos sua terra natal pelas garras do dragão Smaug.

Para quem não sabe, o livro foi escrito e se passa antes da obra que consagrou nosso Tolkien. Algumas diferenças gritantes são claras entre as duas obras, apesar de se passar no mesmo mundo e com personagens que voltam e são referenciados nas duas histórias. A linguagem do livro é infantil, o papa Tolkien escreveu esse livro para seus filhos, com direito a animais falantes e anões quase no estilo branca de neve. Sem falar na simplicidade e dinamismo de uma aventura que não pede mais que isso.

Esperem principalmente por uma aventura empolgante, como partidas de RPG de mesa. A jornada de Bilbo segue uma estrutura mais clássica de histórias, o próprio se torna mais heróico que Frodo no decorrer dos desafios e passa a ter gosto pela ladinagem. Além disso, elementos mais fantásticos dão o tom. Esse deve ser o teor do filme, apesar de não deixar de ser um pouco épico como era SdA segundo os trailers lançados até agora.

 

O que veremos no filme e o que pode ser cortado? Ainda é um mistério, mas podemos especular um pouco. A primeira conclusão óbvia é que não precisa ter um trabalho tão grande na adaptação, já que temos um mundo criado nos cinemas e o look’n feel vai ser o mesmo. Esqueçam animais falantes ao estilo “Nárnia” como tem no livro, apesar que talvez P. Jackson coloque uma ou duas referências, como os Wargs que tem um papel importante na história e os Trolls falantes confirmados no videocast do PJ que estará linkado logo abaixo.

Detalhe que Smaug, o dragão, não só falará como teve seu dublador confirmado no início da produção. As águias podem ter uma comunicação com Gandalf como ocorreu com a broboleta que o salvou no primeiro filme da trilogia, apenas um momento poético entre mago e natureza.

Duas coisas incomodaram os fãs nessa época toda de produção. A presença de personagens de SdA que não eram para aparecer nesse arco de histórias e a transformação de dois para três filmes. Caça-Níquel? Não na minha opinião. Primeiro que colocar os personagens da outra trilogia vai aumentar a segurança daqueles que não conhecem os livros e que poderiam se sentir em um mundo diferente com personagens novos. Sem falar que tiveram cuidado de coloca-los em momentos que não prejudicam a história, tanto Frodo que parece aparecer em flashbacks e Legolas que deve aparecer com o grupo de elfos de seu tio que os personagens principais encontram no decorrer da aventura.

Já sobre a adição de um terceiro filme é um pouco mais complicado saber ao certo. O que foi revelado é que o diretor juntou tanto material extra que poderia se transformar em uma trilogia. Isso foi questionado e dias depois houve a confirmação, alguns atores foram chamados para gravar mais cenas extras, provavelmente serão cenas para servir como grude para o novo formato da história. Então infelizmente não teremos uma versão estendida tão parruda.

Frodo apesar de sua natureza hobbinesca sempre foi pro ativo, se oferecendo para levar O Anel para seu destino e se tornando um herói caído conforme a história avançava. Bilbo é diferente, demora muito a aceitar sua missão, mesmo com toda a manipulação de Gandalf. Bilbo cresce na aventura, mas não deixa de ser medroso e desconfiado do mundo novo que se abre para ele e é o personagem que mais “cresce” na história.

Para terminar lembrando que no livro, Bilbo acha o anel de SdA que é apenas um artefato mágico que deixa invisivel quem o use, sem aquele “vou te dar uma balinha” que foi introduzido nos filmes do Senhor dos Anéis aonde Sauron domina o usuário e todos a sua volta com seu poder. Conseguiremos ver essa situação mais sombria, como os temores que Gandalf parece ter nos trailers.

É isso pessoal, espero que estejamos todos juntos vendo o filme daqui a alguns dias.

Far over the Misty Mountains cold,
To dungeons deep and caverns old,
We must away, ere break of day,
To seek our pale enchanted gold.

The dwarves of yore made mighty spells,
While hammers fell like ringing bells,
In places deep, where dark things sleep,
In hollow halls beneath the fells.

For ancient king and elvish lord
There many a gleaming golden hoard
They shaped and wrought, and light they caught,
To hide in gems on hilt of sword.

On silver necklaces they strung
The flowering stars, on crowns they hung
The dragon-fire, on twisted wire
They meshed the light of moon and sun.

Far over the Misty Mountains cold,
To dungeons deep and caverns old,
We must away, ere break of day,
To claim our long-forgotten gold.

Goblets they carved there for themselves,
And harps of gold, where no man delves
There lay they long, and many a song
Was sung unheard by men or elves.

The pines were roaring on the heights,
The wind was moaning in the night,
The fire was red, it flaming spread,
The trees like torches blazed with light.

The bells were ringing in the dale,
And men looked up with faces pale.
The dragon’s ire, more fierce than fire,
Laid low their towers and houses frail.

The mountain smoked beneath the moon.
The dwarves, they heard the tramp of doom.
They fled the hall to dying fall
Beneath his feet, beneath the moon.

Far over the Misty Mountains grim,
To dungeons deep and caverns dim,
We must away, ere break of day,
To win our harps and gold from him!

The wind was on the withered heath,
But in the forest stirred no leaf:
There shadows lay be night or day,
And dark things silent crept beneath.

The wind came down from mountains cold,
And like a tide it roared and rolled.
The branches groaned, the forest moaned,
And leaves were laid upon the mould.

The wind went on from West to East;
All movement in the forest ceased.
But shrill and harsh across the marsh,
Its whistling voices were released.

The grasses hissed, their tassels bent,
The reeds were rattling—on it went.
O’er shaken pool under heavens cool,
Where racing clouds were torn and rent.

It passed the Lonely Mountain bare,
And swept above the dragon’s lair:
There black and dark lay boulders stark,
And flying smoke was in the air.

It left the world and took its flight
Over the wide seas of the night.
The moon set sale upon the gale,
And stars were fanned to leaping light.

Under the Mountain dark and tall,
The King has come unto his hall!
His foe is dead, the Worm of Dread,
And ever so his foes shall fall!

The sword is sharp, the spear is long,
The arrow swift, the Gate is strong.
The heart is bold that looks on gold;
The dwarves no more shall suffer wrong.

The dwarves of yore made mighty spells,
While hammers fell like ringing bells
In places deep, where dark things sleep,
In hollow halls beneath the fells.

On silver necklaces they strung
The light of stars, on crowns they hung
The dragon-fire, from twisted wire
The melody of harps they wrung.

The mountain throne once more is freed!
O! Wandering folk, the summons heed!
Come haste! Come haste! Across the waste!
The king of friend and kin has need.

Now call we over the mountains cold,
‘Come back unto the caverns old!’
Here at the gates the king awaits,
His hands are rich with gems and gold.

The king has come unto his hall
Under the Mountain dark and tall.
The Worm of Dread is slain and dead,
And ever so our foes shall fall!

Farewell we call to hearth and hall!
Though wind may blow and rain may fall,
We must away, ere break of day
Far over the wood and mountain tall.

To Rivendell, where Elves yet dwell
In glades beneath the misty fell.
Through moor and waste we ride in haste,
And whither then we cannot tell.

With foes ahead, behind us dread,
Beneath the sky shall be our bed,
Until at last our toil be passed,
Our journey done, our errand sped.

We must away! We must away!
We ride before the break of day!