[Arkadia] Arton

Bom dia pessoas, estava com os dedos coçando para escrever o primeiro artigo dessa coluna. A proposta dela é selecionar o background de histórias de fantasia e destrinchar os detalhes que rolam por trás das histórias. E nada mais justo do que começar com uma das minhas favoritas.

Arton

Um mundo de problemas

Parte 1

Arton faz parte de um cenário de RPG de mesa clássico, e dos bons. Criado por Marcelo Cassaro, Rogério Saladino e J.M. Trevisan pode ser considerado a mais bem sucedida empreitada do RPG nacional, que tem frutos até hoje.

Como qualquer história de fantasia medieval de RPG, Arton é um mundo vivo para que qualquer um possa nascer herói. E para isso ser equilibrado, é um continente com um punhado de problemas, desde bandidos clássicos e criaturas selvagens, até demônios extraplanares e intrigas políticas entre os vaidosos deuses do panteão, aonde iremos começar essa coluna.

“A muito tempo, aonde existiam apenas o Nada e o Vazio, duas entidades extremamente poderosas que viviam em constante amor e ódio, geraram o universo e os 20 grandes deuses do panteão:Lena, deusa da vida, criou mares e oceanos. Já seu irmão, Grande Oceano, gerou as primeiras formas de vida que habitavam as águas. Alihanna, deusa da Natureza por sua vez foi responsável pela habitação dos animais em terra. Megalokk, deus dos Monstros fê-las evoluir e dominarem Arton, e começa a era dos monstros e dinosauros que extinguiu toda a possibilidade de outras vidas habitarem o mundo violento e vil que fora Arton naqueles dias tenebrosos. Suprimido pelos outros deuses, Megalokk retrocedeu seus filhos e outros tiveram espaço. Glórienn criou os altivos elfos, Wynna criou a magia e as criaturas provenientes dela, como fadas, gênios e elementais. Tenebra e Khalmir, respectivamente deusa das trevas e deus da ordem geraram os anões num momentâneo romance. E Valkaria, a deusa da ambição, criou os humanos, a raça dominante, e ficou conhecida como deusa da Humanidade.”

O Panteão é comandado por Khalmir e Nimb, deus da Ordem e deus do Caos. Costuma-se dizer que quem tem o tabuleiro é Khalmir, mas quem move as peças é Nimb.A descrição de todos eles estão aqui:

Allihanna: Deusa da natureza, dos animais, dos druidas e dos povos bárbaros. Seu atual sumo-sacerdote é o elfo Razlen Greenleaf, que vive na floresta de Greenaria em Sambúrdia.

Azgher: Deus do sol, do dia, da luz, do fogo e dos povos do deserto. É o único a possuir, atualmente, dois sumo-sacerdotes: os irmãos Raz-Al-Ballinnn e Raz-Al-Baddinn.

Tauron: Deus da força, da coragem, da proteção dos fracos e dos minotauros. Durante muito tempo acreditou-se que era apenas uma face da Divina Serpente, mas nos últimos tempos foi revelado como o aspecto predominante. Após as Guerras Táuricas ele tomou o poder do Panteão.

Spoiler sobre a trilogia de livros: Kallyadranoch: Deus do Poder e criador dos Dragões, havia sido banido da existência por participar da Revolta dos três, mas, de forma misteriosa retornou ao panteão e pegou o lugar vago que Glorien havia deixado. 

Grande Oceano: Deus dos mares, dos marinheiros, dos elfos-do-mar, dos povos e criaturas marinhas. Podendo ser bondoso e cruel, seu humor é volátil.

Hyninn: Deus da trapaça e dos ladrões, criador dos halflings (hobbits). Era um deus menor, ascendeu ao trono do panteão depois da Revolta dos três.

Keenn: Deus da guerra e destruição. Voltado para as pelejas e combates.

Khalmyr: Deus da justiça, da ordem, dos anões, dos paladinos e dos cavaleiros. Ele comandava o Panteão, juntamente com Nimb, porém cedeu o lugar ao Tauron de forma justa. (explicarei mais a frente essa situação)

Lena: Deusa da vida, da fertilidade e da cura. Forma geralmente retratada como criança.

Lin-Wu: Deus dragão-imperador do povo oriental de Tamu-ra. Perdeu parte de sua força após a destruição quase completa de seu reino.

Marah: Deusa da paz, do amor, da alegria, das festividades e dos bardos. A mulher de branco.

Megalokk: Deus dos monstros. Irmão “gêmeo” de Alihanna. Provem todas as bestas.

Nimb: Deus do caos, do acaso, da sorte e do azar. Rival de Khalmyr no comando do Panteão.

Ragnar: Deus menor dos bugbears, ascendeu ao posto de deus da morte e dos goblinóides após a revolta dos três. Também é conhecido como Leen.

Sszzaas: Deus da intriga, da traição e das serpentes venenosas.

Tanna-Toh: Deusa do conhecimento, das artes, dos escribas, bardos e povos civilizados.

Tenebra: Deusa da noite, das trevas, dos anões, mortos-vivos e das criaturas noturnas e subterrâneas.

Thyatis: Deus da profecia e da ressurreição. Forma retratada como uma fênix de duas cabeças.

Valkaria: Deusa da ambição, das aventuras e dos humanos. Durante muito tempo permaneceu petrificada em uma estátua, como castigo por participar da Revolta dos Três, mas recentemente foi libertada de seu cativeiro.

Wynna: Deusa da magia, dos gênios e dos magos. E incrivelmente anda por aí com tiras de couros como roupa.

Reinado

 

Continente de Arton, abaixo Lamnor e acima Ramnor.

O Reinado, O Maior centro populacional que reúne a maior concentração humana artoniana que se possa imaginar. O Reinado inclui Deheon o reino-capital e demais outros reinos. Apesar de suas grandezas o reinado se formou com a mais triste história de todo o mundo. Em tempos antigos, apenas Ramnor (Arton norte) deixou de ser povoada. Lanmor (Arton sul) era bastante. Poucos conseguiam explorar Ramnor e aqueles que conseguiram acabaram encontrando uma variedade de criaturas selvagens, povos bárbaros. Uma das expedições bem sucedidas foi a de Khalil de Gordimarr no ano de 750 e era composta de 150 homens. Apenas 40 voltaram com vida.

Após entregar o relato ao regente de Gordimarr Protas III, Este passou a temer ataques dos seres do continente norte. Khalil recebeu a ordem de supervisionar a construção de uma cidade-fortaleza no Istmo de Hangpharstyth a linha que liga as duas partes de Arton. O forte foi construído e nomeado de Khalifor (em homenagem ao Khalil, seu primeiro governante). O possível e temível ataque do norte jamais ocorreram. Novas expedições não foram feitas a fim de nenhuma vida a mais fosse perdida. Com a expansão pelo Norte detida devido ao medo do desconhecido e a exploração marítima dificultada pelo litoral baixo ou escarpado de Arton, As pessoas decidiram investir totalmente em Lanmor.

Arton é uma explosão de vida e magia. Alguns criticam esse cenário por parecer uma colcha de retalhos de tudo quanto quer influência da cultura pop, e do medieval clássico. Mas discordo disso, Artoné um mundo de possibilidades, aonde podemos nos tornar o que quisermos, desde guerreiros vikings, a samurais respondendo a senhores feudais, arquimagos em cidades voadoras ou simplesmente uma criança perdida num reino escondido de fadas.Mas agora descreverei do maior dos problemas.


A Tormenta.

 

“[…] O céu dividia-se entre o cinzento amedrontado e o terrível vermelho, o vermelho da tormenta. E nada era tão vermelho, quanto àquelas nuvens e aqueles céu de vermelhidão perpétua. O ar era vermelho e a terra era vermelha, e toda a existência em uma área de tormenta parecia impregnada da substância que formava aquelas nuvens de sangue. Na tormenta chovia, mas a chuva não refrescava, ela ardia como chama, o próprio ar era hostil e venoso, e havia lugares em que a própria realidade havia sido alterada, havia enfraquecido. As tempestades de relâmpagos eram constantes, a substancia, a coisa vermelha que compunha tudo que era da tormenta, tornava os destroços parecidos com insetos, o próprio chão era ameaçador, era como se os prédios, solo, montanhas de antes, estivessem vivos, e queresem nos devorar […]”.
A tempestade rubra, a chuva corrosiva, os demônios que vêm com a tempestade maldita.
A Tormenta por muito tempo permaneceu um mistério para todos, heróis, jogadores e leitores. Um dia normal, como outro qualquer. De repente, os céus se tornam-se rubros, chove sangue ácido das nuvens. Raios devastam tudo que toca o seu caminho. E por fim, a insanidade. Ninguém sobrevive a Tormenta, e os que sobrevivem vivem com uma mente fragmentada pela loucura do evento. Tormenta é um abismo nos céus.

O Primeiro Ataque

Tamu-Ra, uma das maiores ilhas do continente. Uma nação exótica, dos olhos puxados. Governada pelo Deus-Dragão-Imperador Lin-Wu, uma terra tradicional de samurais honrados, ninjas sorrateiros e senhores de feudos. Tamu-Ra, o Império de Jade. E tudo se foi.
Sem sinal aparente, exceto pressentimentos estranhos, nuvens rubras assolaram a terra do sol nascente. Primeiro veio a chuva corrosiva, ferrosa, vermelha, inumana que açoitaram os céus junto de relâmpagos monstruosamente destrutivos. A população sofreu, mas os sobreviventes foram os que tiveram azar. Seis milhões de tamurianos foram mortos.Logo depois do evento, não houve um depois. A Tormenta continuava lá, intocada, cruel, amaldiçoada. Os tradicionais tamurianos foram substituidos por uma leva de demônios insetóides que vieram com as núvens. As casas e construções tomaram um reflexo inominável e bizarro, reflexo do mundo distorcido e maléfico e continua lá, até hoje.
“Por onde passa, a Tormenta destrói tudo aquilo que chamamos de vivo e belo. Ela parece expulsar os elementos que formam o mundo natural, restando apenas uma aridez e não vida. Aqueles que tentam descrever uma área de Tormenta falam de um pesadelo tentando tomar lugar da realidade — ou pior, um pesadelo se TORNANDO realidade. “
O que seria tal evento aterrador? Relatos confusos, conflitos, mentes destroçadas. Tormenta é uma tempestade mística, dimensional, que une Arton a algum lugar tenebroso. Isso é aonde os grandes estudiosos supõem, grande desafio para a Academia Arcana e a Ordem de Tanah-Toh.
De onde ela veio? Porque veio? Onde ela vai atacar? Quando ela vai parar? Como ela pode ser detida? Ela PODE ser detida?Basta você descobrir.

Essa é a primeira parte de um grande compêndio sobre Tormenta que será lançado no futuro aqui no The Freakzone, abordaremos em outras partes sobre as personalidades, histórias famosas, livros, quadrinhos, Niele (suspiros), atualidade e Tormenta. Até lá!

fontes: Tormenta Wiki, ahistoriadotristefimtormenta.forumbrasil.net

FALE COM A GENTE

Entre em contato, deixe seu comentário, sua revolta, sua teoria e sua história!

E-mails com sugestões, críticas, elogios, spams para [email protected]

Siga-nos pelo Twitter do MundoFreak

Conteúdos novos toda semana no Instagram do MundoFreak

Ou curta nossa página do Facebook



MUNDO FREAK NO APOIA.SE

Eco-Horror: Quando a Natureza se Torna Assustadora | MFC 531