Rolling Play Game, jogos de interpretação de papéis e blá blá blá, como todos já sabem. Ou será que não? Jogo de RPG clássico, aquele com fichas, dados e mestres estão entre um dos jogos mais preferidos entre os nerds, e os RPG virtuais estão dentre os mais clássicos e queridos entre os jogadores. E então lhes pergunto meus caros, como esse gênero do entretenimento pode se desvirtuar tanto no seu quesito virtual?
Desde o primeiro deles que apareceu nos aparelhos eletrônicos, sem gráficos e utilizando apenas de digitação para se jogar, até o pouco conhecido Final Fantasy que estabeleceu uma era de grandes sagas épicas que até hoje se seguem. O RPG foi capado pela limitação da época, mesmo sendo uma inovação para os jogos que só serviam para passar o tempo, agora precisavam de um certo nível de dedicação e atenção do jogador. Experiencia, Atributos, Níveis e Skills, diferentes maneiras de se customizar o seu jogo de maneiras diferentes. Tudo um simulacro barato do verdadeiro conceito por tras do RPG (que por sua vez é um simulacro barato da vida).
Hoje em dia temos duas vertentes nos games. Ocidentais e Orientais. Que aos poucos foram tomando sua base de fãs e de nichos completamente opostos, não vou me alongar pois foi assunto do meu primeiro post.
Então, os gêneros do virtual e do papel tomaram rumos diferentes a partir de então. E por que não fazer mais uma revolução nesse gênero?
Você tem sistema de atributos, seu personagem é beneficiado com eles após passar de nível e assim poder customizar seu personagem. Mas isso vai totalmente contra o Role Play, porque tenho a opção de colocar em força ou agilidade se eu passei toda aventura matando meus inimigos com magias? Porque não fazer um sistema aonde evoluimos através de como nos comportamos no jogo? Algo que até simulava bem isso foi o primeiro Fable (não joguei suas continuações), aonde você obtinha pontos de força, agilidade ou inteligência perante o uso do tipo de habilidade.
Mas além disso, como todo o guerreiro, você não precisa de matemática pra evoluir, apenas de treinamento, o que nos leva a outro ponto que é esconder todo e qualquer ponto e características do jogador. Você consegue notar que está mais forte pelo seu desenpenho, e não porque “12” é maior que “14”. Não sei porque a necessidade de se ter algo deste tipo de você não tem mais a limitação de ter o mestre e regras na mão se o próprio jogo ja pode fazer tudo isso para você.
Uma complicação é o modo de interpretação, aonde só nos limitava a mente no papel, hoje temos a engine do game. Mas pode ser bem simulada como exemplo de jogos como Heavy Rain, que quebra a barreira do que temos hoje. Imagina um jogo aonde você escolhe ser um ladrão, perito em roubos e assassinatos, foi treinado como acrobata, você pode agora ter a habilidade de escalar qualquer coisa que tiver sulcos ou protuberâncias. Mas se você é um guerreiro berserk e só quer estraçalhar o inimigo, o mesmo jogo nao o deixa subir no prédio, mas poderá enfrentar a horda de inimigos que guarda a entrada sem problemas. Mas se você é um mago insano e caótico, servo de um Deus maligno e preciso aniquilar as pessoas desse prédio, para que você precisa entrar nele afinal se a missão é matar um líder lá dentro? Coloque fogo em todo o prédio. Não preciso dizer o quão abominavel são XPs e Orbezinhas coloridas saindo dos inimigos mortos.
Entre isso temos o sistema de coop, aonde você e mais 3 amigos bolam uma estratégia mais efetiva para evitar que o safado fuja da construção. Assassins Creed + God of War + Bomberman (admito que não tive outro exemplo comparativo), tudo em um único jogo, e você escolhe como vai agir? Onde coloco o número do cartão de crédito?
É certo de que esse devaneio insano é bem utópico, mas o que a 10 anos nós pensavamos impossível, não é hoje. O que não podemos, meus caros, é ficar brigando entre Dragon Age e Final Fantasy achando que temos que provar que um é melhor do que o outro, quando na verdade o limite é o quão nossa imaginação pode nos levar.