Olar, leitores do Mundo Freak! Estou aqui para falar com vocês sobre Supernatural, trazendo um apanhado das temporadas e abrindo uma discussão sobre os atuais rumos da série. Como são nada menos do que 10 (DEZ!!!!) temporadas, nessa primeira parte irei falar até a quinta, que foi o fechamento do arco original, e na próxima parte falarei sobre o resto das temporadas e darei minhas impressões. Já aviso: Esse texto pode (e irá) conter spoilers!
Supernatural é uma série norte-americana de suspense, criada por Eric Kripke em 2005 e exibida pela Warner e, a partir de 2006, pela CW (aqui no Brasil é transmitida pelo SBT, com o título traduzido para Sobrenatural). Originalmente foi criada para durar apenas 3 temporadas, porém com os bons índices de audiência foi estendida para 5 (e atualmente está na 10ª temporada, renovada para a 11ª).
A série fala sobre dois irmãos, Sam e Dean Winchester (Jared Padalecki, de A Casa de Cera, e Jensen Ackles, de Dia dos Namorados Macabro, respectivamente), que quando crianças viram sua mãe morrer de forma bizarra pelas mãos de um homem de olhos amarelos (que mais para frente descobrimos se tratar do demônio Azazel). Depois de salvar seus filhos, John Winchester (interpretado por Jeffrey Dean Morgan, conhecido por ser o The Comedian de Watchmen e doppelganger do Javier Bardem) se torna um “caçador” de criaturas sobrenaturais, mantendo um diário de seus casos e ensinando seus filhos tudo que ele sabe. Vem daí a frase lema da série: “Saving people, hunting things, the family business” ou “Salvando pessoas, caçando coisas, o negócio da família”.
https://www.youtube.com/watch?v=4kmA86_hnbo
Tudo isso é apresentado no episódio piloto da série (que é um dos melhores que eu já vi), mas a storyline começa mesmo anos depois desses eventos iniciais, quando John Winchester some e Dean parte atrás de seu irmão, que havia desistido do “negócio da família” e estava morando com sua namorada prestes a entrar na faculdade. Sam inicialmente se recusa a partir com Dean, mas depois muda de idéia. Ao retornar para casa se depara com uma tragédia que o faz mudar de ideia e partir dessa empreitada, com a mesma sede de vingança que conduziu seu pai, há muitos anos atrás.
A primeira e a segunda temporada foram criadas seguindo a premissa do “Monster of the Week” (Monstro da Semana). Cada episódio tinha um caso, uma lenda urbana, um monstro, um fantasma, em determinada cidade dos Estados Unidos, que eles resolviam e depois iam embora, ainda na busca pelo pai. Havia também um leve conflito, pois enquanto Dean queria continuar seguindo também os ensinamentos do pai, Sam queria ir atrás do homem de olhos amarelos e se vingar. Conhecemos antigos amigos da família, sendo Bobby Singer (Jim Beaver, de Adaptação) o principal, servindo como um pai emprestado para os dois, já que também é um caçador e os ajuda sempre que eles precisam. Aos poucos começa a ser introduzida essa trama de fundo, amarrando perfeitamente as duas primeiras temporadas, que são as melhores na minha singela opinião.
No final da primeira temporada os dois conseguem encontrar seu pai, mas sofrem um grave acidente de carro e Dean entra em coma (essa seria a primeira de MUITAS experiências quase-morte/morte do Dean. Se ele fosse uma pessoa de verdade, poderia ser entrevistado no Mundo Freak Confidencial, pois teria muita coisa para contar!), o que leva seu pai a fazer um pacto com Azazel: Dean viveria, em troca de sua alma e da Colt (uma antiga e mística arma, que tem o poder de matar demônios). Ao longo da segunda temporada descobrimos que quando neném, junto de outras crianças, Sam recebeu sangue de demônio, e por isso possui poderes psíquicos (que precisam ser treinados), motivo pelo qual o demônio Azazel está atrás dele. No final dessa temporada Sam fica preso em uma vila junto de todas as outras pessoas que também receberam o sangue, e precisa lutar por sua sobrevivência (bem no estilo Jogos Vorazes). Durante o episódio, Sam morre nas mãos de outro rapaz, e Dean vende sua alma em troca da do irmão. O “campeão” é o responsável por abrir o Portal do Inferno, liberando vários demônios perigosos (e importantes nas próximas temporadas) na Terra.
A terceira e a quarta temporada também são interligadas. A storyline da terceira se baseia na tentativa de salvar a alma de Dean, além dos casos que eles enfrentam pela estrada. Novos personagens são introduzidos na trama, com destaque à “demônia” Ruby (interpretada por 3 atrizes diferentes ao longo da terceira e quarta temporadas) que se interessa por Sam e o ajuda a treinar seus poderes recém descobertos. Todas as tentativas de salvar Dean falham e ele é condenado ao inferno, numa das cenas mais agoniantes de final de temporada.
A morte de Dean é o gancho para a quarta temporada, com o aparecimento dos anjos e de seus interesses (por vezes meio dúbios) nos irmãos Winchester. O anjo Castiel (interpretado pelo ator Misha Collins, de Karla – Paixão Assassina), que é quem salva Dean do inferno, é o mais adorado pelos fãs, e sua personalidade ingênua funcionou tão bem que ele se tornou personagem recorrente da série, sendo agora um dos principais. Conhecemos também Chuck (Rob Benedict, de Intrigas de Estado), autor de uma série de livros chamados “Supernatural”, contando as histórias de Sam e Dean Winchester. Mais tarde descobrimos que Chuck é um profeta e que essas histórias serão conhecidas como “O Evangelho Winchester” (essa série de livros é citada outras vezes no decorrer das temporadas, como uma forma de homenagear os fãs).
Na segunda metade da temporada descobrimos que o demônio Lilith (também interpretada por atrizes diferentes) foi um dos libertos durante o final da segunda temporada. Lilith está tentando quebrar os selos que prendem Lúcifer para iniciar o Apocalipse e os irmãos precisam impedir que isso aconteça. Mas é claro que não conseguem, pois se tivessem não teria quinta temporada!
A quinta temporada, também conhecida pelos fãs mais fervorosos (eu) como O FINAL DA SÉRIE (ela encerra o arco original criado na primeira temporada), começa com o caos do inferno sendo aberto. Várias tragédias acontecendo pela terra, os anjos e os demônios querendo encontrar os irmãos Winchester, os irmãos Winchester tentando parar o apocalipse e Castiel tentando encontrar Deus. Descobrimos que os corpos de Sam e Dean são perfeitos receptáculos tanto para os anjos quanto para os demônios, e junto com os irmãos nós não sabemos muito bem em quem confiar.
Entre idas e vindas, muitos episódios engraçadinhos (no melhor deles, Sam e Dean ficam presos dentro da TV e vão passando por várias séries, como CSI e Grey’s Anatomy, e interpretando diversos personagens), episódios nonsense (um jantar com deuses de diversas mitologias que querem se alimentar de humanos, tipo como assim?), um irmão perdido chamado Adam (Jake Abel, de Percy Jackson) e o demônio Crowley (melhor pessoa, demônio mais engraçado, interpretado por Mark Sheppard de Warehouse 13), Sam e Dean se veem de frente com Cavaleiros do Apocalipse e com o próprio Lúcifer (Mark Pellegrino, de O Grande Lebowski).
É nesse fim de temporada que vemos uma das cenas mais bonitas da série: No último episódio, Lúcifer toma o corpo de Sam e está prestes a matar Dean, mas o Chevy Impala 67 (o carro de John Winchester, que é quase considerado como um personagem, mais ou menos como a namorada de Dean) e todas as memórias contidas nele fazem com que Sam consiga retomar o controle e se jogar na “jaula” de Lúcifer, salvando a vida de seu irmão. Apesar de todos os pesares, a temporada foi interessante, e a última cena foi perfeita. É ali que a série deveria ter acabado.
Mas não acabou, porque a audiência e o dinheiro falam mais alto! Eric Kripke deixou o cargo de showrunner (eu gosto de acreditar que foi um protesto pelo fato de continuarem uma história que ele já tinha acabado só para continuar vendendo, mas não sei se foi por isso, rs) e Sera Gamble (conhecida apenas pelo roteiro de Supernatural) assumiu e nós entramos numa montanha-russa de emoções que não parava de cair.
No próximo post, eu Andressa W, orgulhosamente falarei sobre o resto das temporadas e a minha impressão sobre elas! =]